PROJETO OLHARES V
TEMA: Sou Índio, sou raça, sou Brasil.
DADOS DE
INDENTIFICAÇÃO
ESCOLA: Colégio Estadual Fred Gedeon
NÍVEL DE ENSINO: Fundamental II e Ensino Médio
SÉRIE: 9º Ano ao 3º Ano do Ensino Médio
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS- Artes, Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências/Biologia, Redação)
DURAÇÃO DO PROJETO: Abril a Novembro
Introdução
A presença dos índios no
território brasileiro é muito anterior ao processo de ocupação estabelecido
pelos exploradores europeus que aportaram em nossas terras. Segundo os dados
presentes em algumas estimativas, a população indígena brasileira variava entre
três e cinco milhões de habitantes. Entre essa vasta população, observamos o
desenvolvimento de civilizações heterogêneas entre as quais podemos citar os
xavantes, caraíbas, tupis, jês e guaranis.
Geralmente, o acesso às informações sobre essas populações são bastante restritas. A falta de fontes escritas e o próprio processo de dizimação dessas culturas acabaram limitando as possibilidades de estudo das mesmas. Em geral, o maior contato desenvolvido entre índios e europeus aconteceu nas faixas litorâneas do nosso território, onde predominam os povos indígenas pertencentes ao grupo tupi-guarani. Apesar das várias generalizações, relatos do século XVI esclarecem alguns hábitos desse povo.
Geralmente, o acesso às informações sobre essas populações são bastante restritas. A falta de fontes escritas e o próprio processo de dizimação dessas culturas acabaram limitando as possibilidades de estudo das mesmas. Em geral, o maior contato desenvolvido entre índios e europeus aconteceu nas faixas litorâneas do nosso território, onde predominam os povos indígenas pertencentes ao grupo tupi-guarani. Apesar das várias generalizações, relatos do século XVI esclarecem alguns hábitos desse povo.
Sob o ponto de vista político,
essas comunidades não contavam com nenhum tipo de organização estatal ou
hierarquia política que pudesse distinguir seus integrantes.
A realização das tarefas cotidianas
poderia variar segundo o gênero e a idade de cada um dos integrantes da aldeia.
Em suma, as mulheres tinham a obrigação de desenvolver as atividades agrícolas,
fabricar peças artesanais, processar os alimentos e cuidar dos menores. Já os
homens deveriam realizar o preparo das terras e as atividades de caça e pesca.
Tendo outro modelo de organização familiar, os índios organizavam casamentos e,
em algumas situações, a poligamia era aceita.
No campo religioso, alguns desses povos acreditavam na existência dos espíritos, na reencarnação dos seus antepassados e na compreensão dos fenômenos naturais como divindades. Em diversas situações, esse corolário de crenças era fonte de explicação para a origem do mundo ou a ocorrência de algum evento significativo. Em alguns casos, os índios praticavam a antropofagia como um importante ritual em que os guerreiros da tribo absorviam a força e as habilidades dos inimigos capturados.
No campo religioso, alguns desses povos acreditavam na existência dos espíritos, na reencarnação dos seus antepassados e na compreensão dos fenômenos naturais como divindades. Em diversas situações, esse corolário de crenças era fonte de explicação para a origem do mundo ou a ocorrência de algum evento significativo. Em alguns casos, os índios praticavam a antropofagia como um importante ritual em que os guerreiros da tribo absorviam a força e as habilidades dos inimigos capturados.
A partir daí, a lei
11.645 acrescentou
a obrigatoriedade do ensino da cultura e história indígena à lei 10.639, de
2003, responsável por inserir a história afro-brasileira e africana nos currículos escolares. A intenção é fazer
com que as questões indígenas e afro-brasileiras sejam abordadas em disciplinas
como Educação Artística,
Literatura e, claro, História do Brasil.
Sabendo da existência e da importância da lei 11.645, vale ficar de olho no que as instituições de ensino estão fazendo para cumpri-la.
Sabendo da existência e da importância da lei 11.645, vale ficar de olho no que as instituições de ensino estão fazendo para cumpri-la.
E PORQUE A LEI 11.645
É RELEVANTE?
Por que ela mostra a
importância dos indígenas para a construção da identidade brasileira. Apesar
serem hoje poucos no país, os indígenas influenciaram - e muito - a cultura de
todos os brasileiros. "Ninguém vive isolado absolutamente, fechado entre
muros de uma fortaleza. Em qualquer caso, os povos se influenciam
mutuamente", diz o professor José Ribamar Bessa Freire, coordenador do
Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sobre a chamada interculturalidade
brasileira. E o que é a interculturalidade? É justamente o resultado da relação
entre culturas, como aconteceu no Brasil entre os indígenas, os africanos e os
europeus.
Justificativa
Os povos indígenas têm grande importância para a
história do Brasil, por terem manejado os recursos naturais de maneira branda,
ou seja, por mais que não fossem “naturalmente ecologistas”, trataram o meio
ambiente de forma que não fosse afetado. Apesar de sua importância, os mesmo
ainda são discriminados pela sociedade e ainda lutam pelo direito de morar em
suas terras, conhecido como processo de demarcação.
Segundo os estudos da Escola Vesper:
“ O encontro de raças
caracterizou-se por um grande massacre não só de vidas, mas de uma belíssima
cultura. Extinguiu-se línguas, mitos, costumes, conhecimentos, técnicas e
artefatos. Sem dúvida um patrimônio cultural que jamais será recuperado. Na
realidade podemos afirmar que desde a chegada dos portugueses no Brasil até os
dias de hoje, tem havido uma luta constante contra o índio. Luta na qual só
existe um ganhador. A vitória é daquele que se julga civilizado.”
Nota-se que em certas localidades onde há pouca aproximação e contato
com as tribos, os tribos são enaltecidos. E quando há um grande contato
os índios , a sociedade é pouca valorizada, e muitas vezes, desprezada pela
sociedade urbana.
Faz-se necessário a compreensão de que os índios abrangem populações
muito diferentes entre si, que a categoria não se define somente por oposição
aos brancos ou como um grupo homogêneo. É necessário entendê-los e respeitá-los.
Suas organizações são diferenciadas do ponto de vista de costumes,
organização, estruturas habitacionais, línguas, porte físico e vários outros
aspectos. Enfim é necessário compreender estas diferenças, conhecê-los a fundo
para buscar as soluções que garantam sua prosperidade futura e assegurem-lhe o
direito de viver de acordo com seus costumes.
E mais ainda, através desse projeto iremos:
- Analisar aspectos do “encontro de culturas”
protagonizado por portugueses e nativos brasileiros.
- Compreender mudanças na cultura nativa
surgidas pela exploração de pau-brasil e pela convivência com os missionários
jesuítas.
- Respeitar a forma de viver, os valores e as
necessidades dos povos indígenas.
Estratégias
Pesquisa
e apresentação/discussão sobre a história dos povos Indígenas.
Criação
de maquetes e reprodução de obras referentes ao tema em questão.
Conhecimento
e confecção de artes da cultura indígena.
Demonstração
do variados tipos de coreografias do povo indígena.
Demonstração
dos costumes, hábitos
alimentares, palavras, lendas e crenças.
Pesquisar os principais alimentos e culinária
dos índios.
Apresentação
de peças teatrais sobre o tema.
Apresentação de
vídeo sobre os povos indígenas.
Análise dos aspectos do encontro
de culturas que foi prortagonizado por portugueses e nativos.
Objetivo Geral:
- Promover uma discussão acerca da
diversidade étnica, social e cultural no Brasil.
-Perceber a formação social de um grupo, seus
hábitos e sua integração com o mundo que o cerca. A relação do homem com o seu
habitat, com seu grupo, utilizando dos recursos de que dispõe para a sua
sobrevivência.
- Compreender as relações de tempo,
espaço e cultura e sua influência na identidade social do povo brasileiro.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Levar o grupo a uma reflexão sobre o
“diferente” e o “igual”.
- Levantar questões comportamentais
pertinentes à diversidade social e cultural no Brasil.
- Perceber que faz parte deste
contexto social e que carrega heranças desta diversidade.
- Mostrar como os povos indígenas viviam,
vivem e como produzem sua arte;
- Dar ao aluno, a possibilidade de
vivenciar e experimentar, as etapas de construção do grafismo indígena de forma
a concretizar o estudo e contextualizar a produção artística;
- Produzir artes indígenas: grafismo do
corpo e cerâmica; trançados.
- Valorizar as manifestações artísticas
dos indígenas brasileiros
- Perceber a identidade indígena como
parte integrante e formadora do povo brasileiro
- Compreender a expressão das
manifestações culturais das tribos indígenas e sua função
CRONOGRAMA DE
ATIVIDADES
1º MOMENTO: Pesquisar e apresentar e/ou discutir sobre a
história dos povos Indígenas.
2º MOMENTO: Assistir o vídeo
sobre “O povo Brasileiro” de Darcy Ribeiro para discussão sobre os
índios de hoje e ontem.
3º MOMENTO: Pesquisar e Conhecer sobre as
artes da cultura indígena.
4º MOMENTO: Pesquisar e fazer demonstração de alimentos e
culinária indígena
5º MOMENTO: Pesquisar e Demonstração dos costumes, hábitos
alimentares, palavras, lendas e crenças.
6º MOMENTO: Arte indígena: Grafismo
corporal e cerâmica; Produção de grafismo. Origem da tintura.
7º MOMENTO: Lendas indígenas:
Leitura e representação e produção textual.
8º MOMENTO: Arte indígena: Trançados e
tecelagem.
9º MOMENTO: Música e dança indígena
.Vídeo da dança, onde farão uma apresentação de coreografia.
10º MOMENTO: Reprodução dos grafismos
em telha ou jarros de barro.
11º MOMENTO: Exposição e apresentação no
PROJETO ( Culminância – Mês de Novembro).
DISPOSIÇÃO DOS GRUPOS:
1. A História dos
índios: antes da Chegada dos portugueses. Como viviam?
2. A História dos
índios: Como vivem atualmente? Lutas e desafios.
3. Arte indígena:
grafismo corporal, cerâmica, origem da tintura.
4. Arte indígena: Trançados
e tecelagem.
5. Costumes, lendas,
crenças, alimentação (culinária).
6. Música e dança
indígena. Obs.: Pontuar a cerimônia do Kuarup.
Avaliação
Professor, na perspectiva de uma avaliação contínua
e processual, é importante observar o interesse, a participação e se novos
conhecimentos estão sendo produzidos. Além disso, o quadro comparativo do 12º
momento será também um grande aliado, mostrando para os próprios alunos tudo o
que aprenderam, socializando os conhecimentos e valorizando a aprendizagem.
Para este momento, observe também quais
alunos não falaram, instigando-os a expor seus conhecimentos construídos, mesmo
que apresentem um pouco de timidez. Por fim, quanto ao trabalho de campo,
verifique se foi significativo.
Sugestão de sites:
Bibliografia: