O homem não vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança macabra de autômatos. Era necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades\" Jacques Le Goff

quarta-feira, 18 de maio de 2011

CONHEÇA OUTROS SITES DE BUSCAS NA INTERNET

O Google pode ser o campeão nas buscas do dia a dia, mas na hora de procurar por assuntos específicos ou encontrar conteúdos diferentes, o ideal é ter outros buscadores na manga. A gente separou três opções que vão facilitar a sua vida e inovar as suas buscas.

O primeiro deles é o Qwiki. Além de trazer tudo sobre um determinado assunto, esse mecanismo ainda monta automaticamente um pequeno vídeo sobre o tema, cheio de imagens e informações legais. Ao digitar Brasil, por exemplo, o buscador prepara um filme que mostra a localização do país no mapa, dados sobre a economia, história, geografia e cultura do país. Tudo com fotos incríveis.

Ele ainda traz uma legenda da narração do vídeo, caso você não possa escutar o áudio da apresentação. Assim que o vídeo é finalizado, é possível clicar em assuntos relativos, sugeridos pelo próprio buscador, e compartilhar as informações em alguma rede social. O buscador é ideal para ajudar a organizar uma viagem ou descobrir mais sobre fatos históricos.

Já o Wolfram Alpha dá acesso a todos os conteúdos científicos, como fórmulas de matemática e física, além de fazer contas de matemática. Ele calcula a quantidade de calorias ou faz conversões rapidinho, basta digitar as palavras-chave e os números. A cada busca, ele fornece o máximo de informações sobre o cálculo, o número e os valores, mostrando gráficos ou equações. O interessante é que aqui, até mesmo uma simples palavra como "casa", pode gerar muito conteúdo de conhecimento, como sinônimos, origem e pronúncia da palavra. O único problema é que o site ainda não está disponível para outros idiomas e a busca, normalmente, só acha palavras em inglês. De qualquer forma, é uma boa opção até para aprender a pronúncia correta, ou até descobrir o significado de alguma coisa. O site ainda dá boas sugestões de buscas e permite compartilhar os conteúdos nas redes sociais.

A última dica é o Search4RSS: um verdadeiro buscador de buscadores. Nele é possível selecionar em qual buscador você quer encontrar seu conteúdo e, ainda, achar Feeds de sites de todo o mundo. Ele trabalha com o Google, Technorati, Wikipedia, YouTube, Twitter, Flickr, Imdb, TheFind e ILike. Basta escrever a palavra chave nesta caixinha e ir clicando na setinha para escolher em qual site você quer procurar. Em cada uma das opções, é possível selecionar também que tipo de conteúdo você quer: sejam imagens, posts ou vídeos. A dica é não esquecer de apertar o "Enter" depois de escrever a palavra, pois só assim os resultados vão aparecer na sua tela.
Fonte: Olhar Digital

sábado, 30 de abril de 2011

Mesopotâmia e Egito

Colégio Estadual Fred Gedeon

História – II Unidade -1º Ano – Ensino Médio – 2011

Sobre o estudo da Mesopotâmia e dos Egípcios.

No Egito, a sociedade se dividia em algumas camadas, cada uma com suas funções bem definidas. A mulher, ao contrário da maioria das outras civilizações da antiguidade oriental, possuia posição excêntrica, podendo ocupar altos cargos políticos e religiosos, estabelecendo relativa igualdade com o homem.

A sociedade egípcia era heterogênea, dos quais se destacam 3 ordens principais:

  • Faraó e sua família;
  • Nobreza (detentora real das terras), Escribas (burocratas) e o Clero (sacerdotes);
  • Felás (camponeses, trabalham presos a terra e em obras públicas);
Existe uma grande falta de conhecimento sobre a origem dos sumérios, porém há notícia que, por volta de 3000 a.C., eles se estabeleceram ao sul da Mesopotâmia, próximo ao golfo Pérsico.

[Cidades e organização administrativa No começo de sua história, os sumérios fundaram várias comunidades que, pouco a pouco, foram-se transformando em cidades-estados. Dessa forma surgiram as cidades de Ur, Uruk, Lagash, Nippur. As mais importante delas foi Ur.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_Antiga#Mesopot.C3.A2mia

Relacionando Conteúdos

1- Escreva um pequeno texto comparando as sociedades do Egito e da Mesopotâmia. Considere aspectos como as obras de controle da natureza, a religião, o poder político e a escrita.

Trabalho Escravo na Atualidade

Colégio Estadual Fred Gedeon

História – II Unidade - 2º Ano – Ensino Médio – 2011

Trabalho Escravo na Atualidade

Nas letras da lei, a escravidão está extinta, porém em muitos países, principalmente onde a democracia é frágil, há alguns tipos de escravidão, em que mulheres e meninas são capturadas para serem escravas domésticas ou ajudantes para diversos trabalhos. Há ainda o tráfico de mulheres para prostituição forçada, principalmente em regiões pobres da Rússia, Filipinas e Tailândia, dentre outros países.

A expressão escravidão moderna possui sentido metafórico, pois não se trata mais de compra ou venda de pessoas. No entanto, os meios de comunicação em geral utilizam a expressão para designar aquelas relações de trabalho nas quais as pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob ameaça, violência física e psicológica ou outras formas de intimidações. Muitas dessas formas de trabalho são acobertadas pela expressão trabalhos forçados, embora quase sempre impliquem o uso de violência.

Vale lembrar que o trabalho escravo não existe somente no meio rural, ocorre também nas áreas urbanas, nas cidades, porém em menor intensidade. O trabalho escravo urbano é de outra natureza. No Brasil, os principais casos de escravidão urbana ocorrem na região metropolitana de São Paulo, onde os imigrantes ilegais são predominantemente latino-americanos, sobretudo os bolivianos e mais recentemente os asiáticos, que trabalham dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários, geralmente em oficinas de costura. A solução para essa situação é a regularização desses imigrantes e do seu trabalho.

Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

Fonte: http://www.brasilescola.com/sociologia/escravidao-nos-dias-de-hoje.htm

Mudanças e permanências.

- Ainda hoje existem denuncias sobre formas de trabalho escravo, até mesmo infantil, em nosso país. Pesquisem em jornais e revistas sobre essa realidade e apresente sugestões para modificá-la.

Obs.: Não se esqueça de colocar a origem da pesquisa.

A Origem do Fascismo

Colégio Estadual Fred Gedeon

História – II Unidade - 3º Ano – Ensino Médio – 2011

A Origem do Fascismo

O fascismo é um regime autoritário de extrema-direita desenvolvida por Benedito Mussolini, a partir de 1919 na Itália.
O termo fascismo deriva de fascio, nome do grupo político que surgiu na Itália no fim do século XIX e começo do século XX.

Os fascistas, em 1922, organizaram uma marcha sobre Roma, pois pretendiam tomar o poder militarmente e ocupar prédios públicos e estações ferroviárias, exigindo a formação de um novo gabinete.
Os fascistas, em 1923, passaram a desenvolver um programa de separação da igreja do estado, um exército nacional, um imposto progressivo, desenvolvimento de cooperativas e principalmente a república italiana.

O fascismo na Itália foi estabelecido uma década antes da chegada de Hitler (nazismo) ao poder, tendo em vista o contexto da Itália na Primeira Guerra e devido a um medo de que os esquerdistas tomassem o poder, Mussolini conseguiu chegar ao poder na Itália, como primeiro ministro italiano.

O fascismo de certa forma era resultado de um sentimento geral de medo e ansiedade dentro da classe média do pós-guerra, devido convergências de pressões inter-relacionadas de ordem econômica, política e cultural.

As principais características do fascismo foram:

- nacionalismo: exaltação do país italiano que coloca como país supremo em termos de desenvolvimento;
- cerceamento da liberdade civil: pois trata-se de um regime autoritário;
- Unipartidarismo: o único partido permitido pelo governo era o próprio partido fascista;
- Derrota dos movimentos de esquerda;
- limitação ao direito dos empresários de administrar sua força de trabalho.

Mesmo com a exaltação da nação e muitas vezes da raça acima do indivíduo, o fascismo não chegou a ser semelhante igual ao nazismo que utilizava violência e práticas modernas de propaganda e censura para suprimir pela força a oposição política e econômica severa e sustentar o nacionalismo utilizando práticas de xenofobias.
O modelo econômico adotado pelo fascismo foi eficiente na modernização da economia industrial e na diminuição do emprego.

Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/fascismo.htm

1 - Pontue os principais pontos que o grupo achar relevante,sobre o tema, identificando seus principais aspectos que acharem negativos.

Obs.: Não esqueça de colocar as fontes, caso faça pesquisas em outras bibliografias.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Por mínimo de R$ 545, Dilma decide corrigir tabela do IR

Na semana em que tenta emplacar no Congresso o salário mínimo de R$ 545, o governo decidiu que irá corrigir em 4,5% a tabela do Imposto de Renda para 2011, informa reportagem de Ana Flor, publicada nesta segunda-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

O reajuste da tabela significa que o trabalhador vai pagar menos imposto.

Em outras palavras, o governo aceita arrecadar menos para evitar o impacto nas contas de um mínimo acima dos R$ 545 --o salário é base para o pagamento de aposentadorias pelo INSS.

A votação do mínimo, marcada para quarta-feira, será o primeiro teste de fidelidade da base aliada do governo de Dilma Rousseff. Com a correção da tabela, o Planalto avalia que poderá convencer parte da base descontente com os R$ 545.

As centrais, que defendiam uma correção do IR em 6,46%, não têm seu pleito atendido integralmente, mas conseguem manter uma regra que deixou de valer no ano passado.

As correções da tabela do IR em 4,5% ao ano de 2007 a 2010 foram adotadas após acordo para impedir que a reposição salarial pela inflação fosse tributada. O acordo não valia para 2011.

O anúncio será feito após a votação do mínimo e está condicionado à aprovação do valor proposto.

Leia a reportagem completa na Folha desta segunda-feira, que já está nas bancas.

Governo confirma correção da tabela do IR em 4,5%

O ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) confirmou na tarde desta quinta-feira (24.02.11) que o governo publicará nos próximos dias a MP (medida provisória) que corrige em 4,5% a tabela do Imposto de Renda de 2011.

A Folha antecipou na semana passada que o governo corrigiria a tabela em 4,5% caso o Congresso aprovasse o salário mínimo de R$ 545. Na prática, a correção faz com que o trabalhador pague menos imposto.

Segundo Luiz Sérgio, a presidente Dilma Rousseff pediu a redação da MP ao ministro Guido Mantega (Fazenda). Há a possibilidade de que ela seja enviada ainda nesta semana ao Congresso.

"A presidente já determinou ao ministro Mantega que prepare a MP [com reajuste] de 4,5%", disse.

Segundo fontes do Planalto, a preocupação agora é garantir que o texto da MP não seja modificado. Isto porque as centrais sindicais gostariam de ver a tabela corrigida em 6,46%, referente à inflação acumulada em 2010 medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que abrange famílias com renda entre 1 e 6 salários mínimos.

Os 4,5% determinados pelo governo dizem respeito ao centro da meta de inflação. Um reajuste, mesmo abaixo do que desejam os sindicalistas, é considerada uma flexibilização do governo nas negociações, uma vez que não havia obrigação de corrigir a tabela neste ano.

As correções da tabela do IR em 4,5% ao ano de 2007 a 2010 foram adotadas após acordo para impedir que a reposição salarial pela inflação fosse tributada. O acordo não valia para 2011.

Com a correção em 4,5%, a faixa de isenção do IR passará de R$ 1.499 para R$ 1.566. Estudos mostram, entretanto, que a defasagem na tabela do IR de 1995 até 2010 é de 64,1%.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/880587-governo-confirma-correcao-da-tabela-do-ir-em-45.shtml


Crise líbia faz petróleo disparar e provoca queda das Bolsas

Os preços do petróleo continuam subindo e as Bolsas registravam quedas nesta quinta-feira devido ao temor provocado nos mercados pela revolta líbia e seu possível contágio a outros países do mundo árabe.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril aproximou-se dos US$ 120 nesta quinta-feira pela manhã no ICE (InterContinental Exchange) de Londres, seu mais alto patamar desde setembro de 2008.

Às 15h50 de Brasília, estava cotado em US$ 114,64, alta de 3% em relação ao fechamento de quarta-feira.

Nessa mesma hora, no Nymex (New York Mercantile Exchange), o barril de WTI (West Texas Intermediate, denominação do 'light sweet crude' negociado nos EUA) para entrega em abril subia 1,5% aos US$ 99,63, depois de ter alcançado os US$ 103,41 por barril no fim dos pregões asiáticos, seu preço mais elevado desde setembro de 2008.

"A continuação dos distúrbios no norte da África e no Oriente Médio e a diminuição da produção na Líbia continuam impulsionando fortemente os preços do petróleo", estimaram os analistas da Commerzbank.

David Hart, da Westhouse Securities, afirmou, por sua vez, que na Líbia "a produção de petróleo de alta qualidade foi afetada de forma importante pelo êxodo de pessoal estrangeiro".

CRISE

A Líbia, membro da Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo), é um dos quatro principais produtores africanos, com uma produção de 1,69 milhão de barris diários, dos quais exporta 1,49 milhões, a grande maioria (85%) para a Europa, segundo a AIE (Agência Internacional de Energia).

Devido à violência, a produção reduziu-se conjuntamente de 1,2 milhão de barris diários para um quarto desse total, estimou nesta quinta-feira o presidente da petroleira italiana ENI, Paolo Scaroni.

A ENI reduziu sua produção líquida em mais da metade, para 120 mil barris, assim como a Repsol, que está produzindo apenas 160 mil barris conjuntamente com a companhia nacional NOC, segundo seu presidente Antonio Brufau.

Outras companhias petroleiras que operam no país também anunciaram desaceleração da produção, como a alemã Wintershall e a francesa Total.

Além disso, "não está claro se alguma exportação de petróleo está saindo da Líbia", afirmou David Hufton, analista da PVM Oil Associates.

Além da Líbia, o mercado teme sobretudo um contágio em outros produtores mais importantes da região.

No entanto, o ministro argelino de Energia, Yucef Yusfi, tentou diminuir as preocupações, assegurando que a Opep só atuará caso haja uma "perturbação real e comprovada" do mercado.

A instabilidade na Líbia continuou pesando também sobre as Bolsas.

Pelo terceiro dia consecutivo, a Bolsa de Nova York operava nesta quinta-feira em baixa na metade do pregão, com o Dow Jones perdendo 0,53% e o Nasdaq, 0,02%.

Na Europa, a maioria das praças fechou no vermelho. Em Frankfurt, o índice Dax perdeu 0,89%, a 7.130,50 pontos. Em Paris, o CAC 40 fechou o pregão em baixa de 0,09%, pouco acima da barreira dos 4.000 pontos (4.009,64), e em Londres o Footsie 100 caiu 0,06%, a 5.919,98 pontos.

A Bolsa de Madri subiu, por outro lado, 0,13%, com o Ibex-35 a 10.647,6 pontos.

Anteriormente, na Ásia, Tóquio perdeu 1,19% e Hong Kong, 1,34%.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/880560-crise-libia-faz-petroleo-disparar-e-provoca-queda-das-bolsas.shtml


Gaddafi contra-ataca no oeste; oposição controla poços de petróleo.

Mercenários estrangeiros e milícia leal ao ditador líbio, Muammar Gaddafi, tentam nesta quinta-feira(24.02.11) conter o avanço da oposição sobre seu reduto na capital Tripoli e atacaram duas cidades próximas em confrontos que deixaram ao menos 15 mortos.

A oposição, contudo, continua cada vez mais forte e já controla uma base militar aérea e importantes centros de produção de petróleo.

Os mais violentos combates ocorreram em Zawiya, a 50 km oeste de Tripoli. Uma unidade do Exército ainda leal a Gaddafi abriu fogo com armas automáticas contra uma mesquita onde moradores --alguns armados com rifles-- declararam apoio aos protestos na capital.

As tropas destruíram o minarete da mesquita com uma arma de combate a aviões. Não há números oficiais, mas um médico de uma clínica local disse ter visto ao menos dez corpos, todos com tiros na cabeça e no peito, assim como 150 feridos. O site de notícias líbio Qureyna diz que ao menos 23 morreram e muitos dos feridos não puderam ir ao hospital sob o risco de serem mortos por "mercenários e forças de segurança".

Uma testemunha disse que um dia antes um enviado de Gaddafi foi à cidade avisar aos manifestantes que deixassem o local ou enfrentassem o massacre.

Depois do ataque, milhares se reuniram na praça dos Mártires, ao lado da mesquita Souq, para gritar palavras de ordem como "saía". "As pessoas vieram para enviar uma mensagem clara: nós não temos medo da morte ou das suas balas", disse uma testemunha, citada pela agência de notícias Associated Press.

Horas após o tiroteio em Zawiya, Gaddafi estava de volta à TV estatal para um discurso no qual lamentou as vítimas e atribuiu a revolta à rede terrorista Al Qaeda e a adolescentes que tomaram "leite com Nescafé e alucinógenos".

"Que vergonha, povo de Zawiya, controle seus filhos", disse. "Eles são leais a [Osama] bin Laden. O que vocês tem a ver com Bin Laden, povo de Zawiya? Eles estão explorando seus jovens. Eu insisto que é Bin Laden".

Zawiya, cidade estrategicamente próxima ao porto e às refinarias de petróleo, é a última das cidades a ser dominada pela oposição desde que a rebelião começou, em 15 de fevereiro. O último balanço aponta que ao menos 300 morreram.

Segundo o "Quryna", outro batalhão liderado pelo próprio filho de Gaddafi atacou a localidade de Mesrata, no leste de Trípoli. Mas os rebeldes resistiram e obrigaram os militantes a fugir.

Ao sudeste da Líbia, outra cidade, Al Koufra, foi colocada sob controle dos rebeldes, explica o jornal. Eles destruíram todos os símbolos do regime e desmantelaram as forças de segurança.

A maior parte do leste da Líbia já está sob controle da oposição e aumenta a cada hora o número de diplomatas e ministros que abandonam o governo de 42 anos de Gaddafi. O ditador ainda está sob firme controle da capital, algumas cidades dos arredores, o desértico sul e partes esparsas do oeste.

A reação de Gaddafi foi a mais violenta na onda de revoltas que tomou o mundo árabe desde janeiro passado e derrubou os ditadores dos dois vizinhos da Líbia --Egito e Tunísia.

PETRÓLEO

Mais cedo, relatos de moradores da região leste da Líbia indicam que os opositores já tomaram o controle de importantes terminais de produção de petróleo no país, o que pode ameaçar o fluxo de fornecimento a diversos países e elevar a cotação do produto internacionalmente.

A turbulência no 12º maior exportador petrolífero do mundo já cortou pelo menos 400 mil barris por dia (bpd) da produção líbia normal de 1,6 milhão de bpd, de acordo com cálculos da Reuters.

Paolo Scaroni, executivo-chefe da grande petrolífera italiana Eni, disse que a queda na produção líbia é muito mais dramática que isso, estimando que o país está colocando 1,2 milhão de bpd a menos no mercado.

Os preços do petróleo continuam subindo e as bolsas registravam quedas nesta quinta-feira devido ao temor provocado nos mercados pela revolta líbia e seu possível contágio a outros países do mundo árabe.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril aproximou-se dos US$ 120 nesta quinta-feira pela manhã no ICE (InterContinental Exchange) de Londres, seu mais alto patamar desde setembro de 2008. Às 15h50 de Brasília, estava cotado em US$ 114,64, alta de 3% em relação ao fechamento de quarta-feira.

Nessa mesma hora, no Nymex (New York Mercantile Exchange), o barril de WTI (West Texas Intermediate, denominação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em abril subia 1,5% aos US$ 99,63, depois de ter alcançado os US$ 103,41 por barril no fim dos pregões asiáticos, seu preço mais elevado desde setembro de 2008.

A Líbia, membro da Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo), é um dos quatro principais produtores africanos, com uma produção de 1,69 milhão de barris diários, dos quais exporta 1,49 milhões, a grande maioria (85%) para a Europa, segundo a AIE (Agência Internacional de Energia).

AMEAÇA

Em seu discurso na TV, Gaddafi alertou que as revoltas podem interromper o fornecimento do combustível ao exterior. "Se os cidadãos não voltarem a trabalhar, se cortará o fornecimento de petróleo", disse o ditador à TV estatal, em uma aparente tentativa de conquistar apoio internacional.

Os relatos ainda são desencontrados e há testemunhas dizendo tanto que a produção está protegida pelos rebeldes quanto que os opositores já interrompem a produção em determinados locais.

O engenheiro mecânico Moustafa Raba'a, que trabalha com a indústria petrolífera Sirte, afirmou ao jornal britânico "Guardian" que "todos os poços de petróleo da região sul" da Líbia já estão em controle dos rebeldes.

"A ordem divulgada é que devemos mandar uma mensagem para Gaddafi parar de massacrar nosso povo em Benghazi. Tomamos a decisão de negá-lo o privilégio de exportar petróleo e gás para a Europa", disse ao "Guardian", acrescentando que somente no poço de Dregga, na região leste, o bloqueio já evitou que 80 mil barris por dia fossem exportados.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/880793-gaddafi-contra-ataca-no-oeste-oposicao-controla-pocos-de-petroleo.shtml